Descrição
Este trabalho é a continuação de uma série de estudos que buscam demonstrar a viabilidade do uso de técnicas fotônicas acopladas a máquinas de suporte de órgãos durante o transplante renal para evitar a contaminação do doador para o receptor. Atualmente, existe um grande número de órgãos que são deixados para serem transplantados em decorrência da infecção por esses patógenos. (1) O transplante renal é atualmente uma atividade que melhora a qualidade de vida em pacientes com insuficiência renal irreversível (doença renal crônica), que se tornou um problema de saúde pública mundial. (2) Somado a isso, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos aponta que São Paulo é a cidade com mais pacientes em fila de espera para doação de rins, com um total de 14.330 pessoas (3), dados que agregam importância à pesquisa. A expectativa do estudo é eliminar ou reduzir a carga bacteriana do líquido refundido pelo órgão e dos resíduos bacterianos que permanecem em seu tecido, garantindo o sucesso da descontaminação. A radiação ultravioleta C (UV-C) foi utilizada com a combinação de ultrassom (US) e/ou adição do detergente Tween 80% ou Ps80% no fluido de perfusão do órgão para descontaminar o fluido de perfusão circulante do rim ex-vivo para transplante durante 4 horas de perfusão. A técnica UV-C pode reduzir 100% da carga microbiana na solução de preservação em menos de 2 h de irradiação durante a perfusão do órgão, enquanto que após a aplicação do US a mesma carga bacteriana inicial é recuperada nos tecidos renais perfundidos. Experimentos preliminares com Ps80% no fluido de preservação durante a perfusão possivelmente mostram mais liberação bacteriana após a maceração do órgão. Possíveis melhorias no processo de descontaminação circulante de rins suínos em solução de preservação de HTK por irradiação de UV-C em combinação com Ps80% são destacadas e o US neste estudo não teve sucesso na remoção de microorganismos. Por outro lado, UV-C continua sendo uma excelente técnica para descontaminação de S. aureus no líquido.
Referências
1 HERNÁNDEZ, D. et al. Mortalidad en lista de espera para trasplante renal. Nefrología, v. 35, n. 1, p. 18-27, 2015. DOI: https://dx.doi.org/10.3265/Nefrologia.pre2014.Oct.12681.
2 BRITO, E. V. S. et al. O significado, as vivências e perspectivas de pacientes submetidos ao transplante renal. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. supl. 17, n. 17, p. e223-1-e223-8, 2019. DOI: https://dx.doi.org/10.25248/reas.e223.2019.
3 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS. Dados numéricos da doação de órgãos e transplantes realizados por estado e instituição no período: janeiro/março - 2022. Registro Brasileiro de Transplantes, ano XXVIII, n. 1. Disponível em: https://site.abto.org.br/publicacao/xxviii-no1/. Acesso em: 20 jul. 2022.
Certifico que os nomes citados como autor e coautor estão cientes de suas nomeações. | Sim |
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Palavras-chave | Radiação ultravioleta-C. Descontaminação de rim. Inativação microbiana. |
Orientador e coorientador | Orientador Vanderlei Salvador Bagnato. Coorientador Jose Dirceu Vollet Filho. |
Subárea 1 | Física Aplicada à Biologia e à Medicina |
Subárea 2 (opcional) | Física Aplicada à Biologia e à Medicina |
Agência de Fomento | CNPq |
Número de Processo | 140824/2021-9 |
Modalidade | DOUTORADO |
Concessão de Direitos Autorais | Sim |