21 – 25 de ago. de 2023
IFSC/USP
Fuso horário America/Sao_Paulo

Caracterização estrutural das diferente isoformas da pulchellina

21 de ago. de 2023 09:00
1h 30m
Salão de Eventos USP

Salão de Eventos USP

Prêmio YPM 9h00 - 10h30

Descrição

Esta pesquisa visa estudar as isoformas da proteína pulchellina presentes nas sementes da planta trepadeira brasileira Abrus pulchellus. As isoformas da pulchellina pertencem à família de Proteínas Inibidoras de Ribossomo (RIP) tipo 2 que inclui toxinas conhecidas, como abrina e ricina, devido às suas poderosas propriedades tóxicas. Com uma atividade semelhante às outras RIPs, as isoformas da pulchellina consistem em uma cadeia lectínica (cadeia B) que se liga a carboidratos, facilitando a entrada nas células, e uma cadeia RNA n-glicosidase (cadeia A) que inativa a síntese proteica por meio da depurinação do RNA ribossômico. (1) O objetivo deste estudo é demonstrar as particularidades das isoformas da pulchellina e sua relação com outras RIPs. Para alcançar esse objetivo, é realizado o processo de extração e purificação das toxinas a partir das sementes de Abrus pulchellus. Em seguida, as isoformas são separadas e cristalizadas, permitindo a obtenção de suas estruturas cristalinas. A fim de investigar propriedades da proteína, experimentos são conduzidos utilizando diferentes ligantes, como a N-acetilgalactosamina (GalNAc), que tem se mostrado eficaz em estudos anteriores envolvendo essa família de proteínas. Além disso, testes biofísicos são realizados no intuito de determinar propriedades das isoformas da pulchellina. A importância do estudo se mostra no potencial uso de plantas na medicina e toxicologia. A Abrus pulchellus, sendo uma planta nativa do Brasil, possui sementes que contêm proteínas altamente tóxicas, similarmente encontradas em outras plantas como Ricinus communis (mamona) e Abrus precatorius (ervilha do rosário). Essas proteínas são classificadas como RIPs e são capazes de interromper a produção de proteínas nas células, mesmo em doses mínimas. A compreensão das isoformas da pulchellina e sua relação com outras RIPs é de extrema importância para o avanço da pesquisa nessa área. Ao estudar as isoformas em nível estrutural e suas interações com diferentes ligantes, é possível compreender as variações na cadeia lectínica e seu impacto na citotoxicidade da proteína. Ainda mais, esses estudos fornecem informações valiosas que podem contribuir para o desenvolvimento de aplicações terapêuticas e avanços em pesquisas existentes. Os experimentos realizados envolveram a extração, purificação e cristalização das isoformas da pulchellina, seguidas pela determinação de suas estruturas por meio da difração de raios-X. Ademais, foram conduzidos experimentos de ligação com diferentes açúcares para investigar os sítios de ligação e as variações conformacionais entre as isoformas. Testes biofísicos, como SEC-MALS e DSF, serão realizados para obter informações sobre o peso molecular, tamanho, estado oligomérico e estabilidade térmica das proteínas, tanto isoladamente quanto em complexo com ligantes. Em resumo, este estudo contribui para a compreensão das isoformas da proteína pulchellina e sua relação com outras RIPs. Os resultados obtidos podem fornecer informações valiosas para aplicações terapêuticas das RIPs atuais e futuras.

Referências

1 STIRPE, F. Ribosome-inactivating proteins: from toxins to useful proteins. Toxicon, v. 67, p. 12-16, June 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.toxicon.2013.02.005.

Certifico que os nomes citados como autor e coautor estão cientes de suas nomeações. Sim
Palavras-chave Cristalografia. Proteínas inibidoras de ribossomo. Pulchellina.
Orientador e coorientador Orientador João Renato Carvalho Muniz.
Subárea 1 Cristalografia
Subárea 2 (opcional) Biofísica
Agência de Fomento Sem auxílio
Número de Processo Não se aplica
Modalidade INICIAÇÃO
Concessão de Direitos Autorais Sim

Autor primário

Vinícius Mündel (Instituto de Física de São Carlos - USP)

Co-autor

João Renato Carvalho Muniz (Instituto de Fisica de São Carlos - USP)

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