21 – 25 de ago. de 2023
IFSC/USP
Fuso horário America/Sao_Paulo

Caracterização óptica e bioquímica da melanina: estudo comparando a melanina sintética e biológica

21 de ago. de 2023 10:30
1h 30m
Salão de Eventos USP

Salão de Eventos USP

Básica 10h30 - 12h00

Descrição

Melanina é um termo utilizado para denominar uma série de pigmentos naturais encontrados em uma abrangente gama de organismos. A principal função conhecida da melanina é a fotoproteção devido a sua alta capacidade de absorção e espalhamento de luz visível. (1-2) Além disso, o desenvolvimento de novas aplicações em moléculas estruturalmente parecidas com a melanina aumentou o interesse no entendimento da estrutura desse tipo de aglomerados. Neste contexto, o entendimento dos mecanismos envolvidos no processo de formação de aglomerados de melanina é de fundamental importância para a implementação das novas aplicações supracitadas. (3) Portanto, esse trabalho visa realizar a caracterização óptica, definição de características únicas e comparação entre melaninas produzidas sinteticamente, por células de mamíferos e por fungos. Experimentos de microscopia confocal com excitação por dois fótons (acrônimo do inglês para Two photon excitation - TPE) em 800nm foram conduzidos em células de melanoma murino (B16F10), Rhizopus oryzae e melanina sintética a fim de analisar a emissão de fluorescência estacionária em função da forma de produção da melanina. Partículas de melanina extraídas de células e diluídas em NaOH foram caracterizadas por microscopia confocal de transmissão e microscopia de fluorescência TPE. Essas duas técnicas em conjunto forneceram informação necessária para estimar o tamanho das partículas de melanina. Os menores particulados mediram entre 0,5µm a 1,2µm. O fungo Rhizopus oryzae também foi caracterizado e apresentou larga banda emissão de fluorescência. Além disso, melanina medida em diferentes regiões de células B16F10 (intra ou extracelular) foram separadamente analisadas e mostraram uma diferença média de 10% no intervalo de comprimento de onda entre 650nm e 700nm na fluorescência espectral adquirida por TPE. A melanina extracelular apresentou um sinal de fluorescência menos disperso e com menor intensidade nesse intervalo de comprimento de onda, quando comparado com a melanina interna.

Referências

1 KAXIRAS, E. et al. Structural model of eumelanin. Physical Review Letters, v. 97, n. 21, p. 218102-1-218102-4, Nov. 2006.

2 HUANG, Y.-Y. et al. Melanoma resistance to photodynamic therapy: new insights. Biological Chemistry, v. 394, n. 2, p. 239-250, Feb. 2013.

3 CALDAS, M. et al. Melanin nanoparticles as a promising tool for biomedical applications: a review. Acta Biomaterialia, v. 105, p. 26-43, Mar. 2020. DOI: https://dx.doi.org/10.1016/j.actbio.2020.01.044.

Certifico que os nomes citados como autor e coautor estão cientes de suas nomeações. Sim
Palavras-chave Melanina. Fluorescência por dois fótons. Microscopia.
Orientador e coorientador Cristina Kurachi. Francisco Eduardo Guimaraes.
Subárea 1 Óptica
Subárea 2 (opcional) Física Aplicada à Biologia e à Medicina
Agência de Fomento Sem auxílio
Número de Processo não se aplica
Modalidade MESTRADO
Concessão de Direitos Autorais Sim

Autor primário

Giancarlo de Souza (Instituto de Física de São Carlos - USP)

Co-autores

Cristina Kurachi (Instituto de Física de São Carlos - USP) Francisco Eduardo Gontijo Guimarães (Instituto de Física de São Carlos - USP)

Materiais de apresentação

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