21 – 25 de ago. de 2023
IFSC/USP
Fuso horário America/Sao_Paulo

Estudos estruturais de circovirus suino: que regiões alvo são promissoras?

21 de ago. de 2023 16:00
1h 30m
Salão de Eventos USP

Salão de Eventos USP

Prêmio YPM 16h00 - 17h30

Descrição

Os circovírus suínos (Porcine Circovirus - PCV) são os menores vírus de DNA de fita simples pertencentes à família Circoviridae. Há quatro espécies conhecidas (PCV1 a PCV4), sendo que o PCV2 é o mais conhecido por ser o causador da circovirose suína. (1) Essa família de vírus tem ganhado cada vez mais importância e atenção na suinocultura, principalmente devido ao aumento do número de variantes conhecidas e novos dados que relatam sua ocorrência em outras espécies e em uma variedade maior de organismos, inclusive no ser humano. (2) Este trabalho tem como objetivo estudar as estruturas de PCV1, 3 e 4 para identificar possíveis regiões alvo (epítopos) que podem ser facilitadoras da identificação e/ou imunização de animais portadores do vírus. Isso será feito por meio de análises comparativas entre si e com a literatura de PCV2. (3) Para tanto, simulamos suas estruturas unitárias usando o Alphafold e a forma de capsídeo viral (Virus Like Particle - VLP) usando o Modeller, in silico, refinando cada construção adequadamente. Já in vitro, expressamos heterólogamente cada alvo em Escherichia coli Rosetta transformada com o conjunto TaKaRa de plasmídeos (chamada de GRO-I) para síntese de chaperonas capazes de melhorar o enovelamento e a solubilidade da proteína-alvo. Em seguida, purificamos cada alvo por meio de técnicas cromatográficas de troca catiônica e exclusão molecular. Estudamos os alvos biofisicamente e enviamos para análise microscópica. Nossos resultados indicam que a região N-terminal destes alvos pode apresentar uma função importante para a formação do VLP, mas ao mesmo tempo dificulta a síntese das proteínas-alvo. Isso representa um impasse em caso de produção em escala, uma vez que em cepa bacteriana, não observamos expressão na presença desta região. Estamos realizando experimentos complementares para responder melhor a essas perguntas e esperamos obter mais informações sobre os epítopos e a função da região N-terminal a partir dos resultados de microscopia.

Referências

1 KROEGER, M.; TEMEEYASEN, G.; PIÑEYRO, P. Five years of porcine circovirus 3: what have we learned about the clinical disease, immune pathogenesis, and diagnosis. Virus Research, v. 314, p. 198764-1-198764-15, June 2022. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.virusres.2022.198764.

2 HOU, C.‐Y. et al. Phylogenetic analysis of porcine circovirus 4 in Henan province of China: a retrospective study from 2011 to 2021. Transboundary and Emerging Diseases, v. 69, n. 4, p. 1890-1901, June 2021. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/tbed.14172.

3 DHINDWAL, S.; FENG, S.; KHAYAT, R. The arginines in the n-terminus of the porcine circovirus 2 virus-like particles are responsible for disrupting the membranes at neutral and acidic pH. Journal of Molecular Biology, v. 431, n. 17, p. 3261-3274, Aug. 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.jmb.2019.05.044.

Certifico que os nomes citados como autor e coautor estão cientes de suas nomeações. Sim
Palavras-chave Circovirus suíno. Epítopos. Alphafold.
Orientador e coorientador Otavio Henrique Thiemann
Subárea 1 Biofísica
Subárea 2 (opcional) Bioquímica
Subárea 3 (opcional) Biotecnologia
Subárea 4 (opcional) Cristalografia
Agência de Fomento CAPES
Número de Processo PROEX 88887.670916/2022-00
Modalidade MESTRADO
Concessão de Direitos Autorais Sim

Autor primário

Sra Tamiris de Souza Rocha (Instituto de Física de São Carlos - USP)

Co-autores

Otavio Henrique Thiemann (Instituto de Física de São Carlos - USP) Richard Charles Garratt (Instituto de Física de São Carlos - USP)

Materiais de apresentação

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