Palestrante
Descrição
Num envolvimento de 20 anos, primeiro na colaboração ATHENA e depois ALPHA no CERN, aprendemos a fabricar antihidrogênio (antiH) frio, aprisioná-lo magneticamente e realizar medidas de nulidade de carga e da estrutura hiperfina com microondas. Em desenvolvimentos recentes, realizamos a espectroscopia a laser na transição 1S-2S com 12 algarismos significativos. É a medida mais precisa e acurada (baseada no relógio atômico padrão) já realizada sobre antimatéria e mostra compatibilidade com o esperado em Hidrogênio (H), num teste da Simetria de CPT. Essa medida, também publicada na Nature, dependeu da cavidade ótica criogênica desenvolvida na UFRJ. A próxima campanha experimental imediata pretende medir a queda gravitacional de antiH num teste do Princípio de Equivalência Fraco. Nossa última publicação foi capa da Nature de Abril/2021 com a demonstração de resfriamento a laser de antiH. Precisamos agora aprisionar H na mesma armadilha de antiH para atingirmos comparação a nível de partes em 10^15 ou mais. Para isso, estamos desenvolvendo na UFRJ uma técnica para aprisionamento de H, por rotas diferentes. Como a produção de H é similar à produção de tricio (T), pretendemos demonstrar copiosa produção desse átomo para o qual há uma interessante proposta (Project-8) de medição de massa de neutrino pela medida da energia dos mais energéticos betas do decaimento em altos campos magnéticos pela frequência de microondas emitida. Discutimos esses tópicos e a necessidade de uma infraestrutura de medição de frequência ótica (Pente Ótico de Frequências baseado em GPS ou Relógio Atômico) além de uma infraestrutura e disponibilidade de oficina mecânica e eletrônica de alta qualidade para avançarmos localmente no País para esses desenvolvimentos.
Key Words | CPT, WEP, Neutrinos, Antihidrogênio, Hidrogênio, Trício, Espectroscopia a Laser |
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