Palestrante
Descrição
Nos últimos anos, uma crescente preocupação com a disponibilidade de recursos utilizados como matéria-prima na indústria fez com que a chamada Química Verde se desenvolvesse de maneira contundente. O foco dessa nova área se estende desde a área ambiental até a nanotecnologia. (1) Na vanguarda da Química Verde podemos destacar a produção de biocombustíveis. Uma das estratégias propostas seria a produção de biocombustível à partir de material lignocelulósico, ou seja, produzido à partir de resíduos agrícolas, como bagaço e palha vegetal. No bagaço, por exemplo, cerca de 28% da sua constituição é hemicelulose (2), cujo composto majoritário é a xilose. A Xilose é uma aldose que não é fermentada naturalmente por Saccharomyces cerevisiae. Isto significa que é necessária a conversão de Xilose a Xilulose (Cetose) para que a fermentação ocorra. Essa conversão se dá através da enzima Xilose Isomerase (XI) (3), presente em diversos organismos. O objetivo do presente estudo foi identificar e caracterizar XIs de relevante interesse industrial, ou seja, de pH e temperatura ótimos com valores semelhantes ao encontrado no processo produtivo industrial. Além disso, uma XI foi caracterizada bioquimicamente e estruturalmente, além de ser submetida a ensaios de fermentação.
Referências
1 SHELDON, R. A.; ARENDS, I. W. C. E.; HANEFELD, U. Green chemistry and catalysis. Weinheim: Wiley-VCH, 2007. 433 p.
2 REZENDE, C. A. et al. Chemical and morphological characterization of sugarcane bagasse submitted to a delignification process for enhanced enzymatic digestibility. Biotechnology for Biofuels, v. 4, p. 54-1-54-18, 2011. doi: 10.1186/1754-6834-4-54.
3 ASBÓTH, B.; NÁRAY-SZABÓ, G. Mechanism of action of D-xylose isomerase. Current Protein and Peptide Science, v. 1, n. 3, p. 237-254, 2000.
| Subárea | Biotecnologia Molecular |
|---|---|
| Apresentação do trabalho acadêmico para o público geral | Não |
