5 – 9 de ago. de 2019
Fuso horário America/Sao_Paulo

Utilização de ventoinhas em circuitos elétricos: uma proposta de substituição para as lâmpadas incandescentes

Não agendado
20m
Iniciação Científica

Palestrante

Lesley C. G. Damaceno (Universidade de São Paulo, Instituto de Física de São Carlos)

Descrição

A importância das demonstrações investigativas no estudo de circuitos elétricos ressalta que os conhecimentos prévios dos estudantes afetam significativamente o que eles podem aprender. Nesse sentido, o ensino de ciências mostra-se mais efetivo quando os conceitos desenvolvidos se baseiam em experiências concretas. (1) A proposta de utilização de experimentos qualitativos em circuitos simples, usando o brilho de lâmpadas incandescentes como indicador da corrente elétrica em um ponto do circuito, são fundamentados em Demonstrações Investigativas (DI). Entretanto todas as lâmpadas incandescentes estão desaparecendo do mercado, pois estão sendo substituídas por LEDs em quase todas as suas aplicações. Isso impossibilitará o uso das lâmpadas incandescentes como um recurso didático no estudo de circuitos elétricos. Dado esse contexto e as novas pesquisas na área (2-3), o trabalho busca explorar a possibilidade de substituir as lâmpadas incandescentes, que são utilizadas em demonstrações investigativas de circuitos elétricos, por pequenas ventoinhas usadas normalmente na refrigeração de computadores e componentes eletrônicos. Nessa nova situação, a rotação das ventoinhas foi um indicativo da corrente elétrica em um ponto do circuito. Foram realizados experimentos através da montagem de circuitos elétricos com as ventoinhas, e foi possível encontrar ventoinhas que obedecem à Lei de Ohm. O uso desse novo componente em circuitos pode ser uma boa alternativa às lâmpadas incandescentes, pois permite um aprendizado multissensorial, uma vez que o estudante poderá observar a rotação das pás giratórias, ouvir o ruído do ventilador e sentir, através do tato, a vibração da ventoinha. Tal resultado pode abrir espaço para novos estudos sobre estratégias de ensino-aprendizagem para alunos com deficiência visual. Essa proposta de mudança e inclusão no ensino de física vão ao encontro das bases do ensino investigativo e aprendizagem ativa, preconizados na Base Nacional Comum Curricular.

Referências

1 MCDERMOTT, L. C. Millikan Lecture 1990: what we teach and what is learned - closing the gap. American Journal of Physics, v. 59, n. 4, p. 301-315, Apr. 1991.
2 EKEY, R. et al. A fan-tastic alternative to bulbs: learning circuits with fans. The Physics Teacher, v. 55, n. 1, p. 13-15, Jan. 2017.
3 MITCHELL, B. et al. A fan-tastic quantitative exploration of Ohm’s law. The Physics Teacher, v. 56, n. 2, p. 75-78, Feb. 2018.

Apresentação do trabalho acadêmico para o público geral Não
Subárea Ensino de Física e História da Ciência

Autores primários

Lesley C. G. Damaceno (Universidade de São Paulo, Instituto de Física de São Carlos) Tomaz Catunda (Universidade de São Paulo, Instituto de Física de São Carlos) Gláucia G. G. Costa (Universidade de São Paulo, Instituto de Física de São Carlos)

Materiais de apresentação

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