Palestrante
Descrição
As septinas são proteínas GTPases que se polimerizam em heterofilamentos e que controlam diversos processos celulares. Em humanos, o domínio G central, ligante de GTP, de uma septina do grupo SEPT2 pode interagir com o domínio G de uma septina do grupo SEPT6 através da chamada interface G. (1) De acordo com o protocolo conhecido como “regra de Kinoshita”, os filamentos de septinas de mamíferos poderiam ser compostos a partir da combinação de 4 septinas: SEPT2, SEPT6, SEPT7 e um membro do grupo SEPT3, podendo ser substituídas por uma outra septina do mesmo grupo. (2) Assim, para se verificar a possibilidade de se obter um heterodímero estável e para compreender e caracterizar estruturalmente e bioquimicamente a interação da interface G entre septinas dos grupos SEPT2 e SEPT6, o complexo SEPT2-SEPT8 foi co-expresso e, então, purificado por IMAC e SEC. A confirmação do estado oligomérico foi obtida por SEC-MALS, na qual observou-se um pico cuja massa molecular era de ~ 64 kDa (massa teórica do dímero ~ 65 kDa), além de um segundo pico muito pequeno de ~ 34 kDa. A curva de desnaturação térmica obtida indicou que a temperatura de melting (Tm) para o dímero seria de 53,3 °C. Também foram realizados ensaios de cristalização para o heterodímero, os quais foram bem-sucedidos em condições bem diversas de cristalização, sendo ainda observadas formas cristalinas variadas. Portanto, foi possível obter uma amostra bem homogênea do heterodímero para fins práticos, além de boas condições para a reprodutibilidade dos ensaios de cristalização para estudos posteriores.
Referências
1 VALADARES, N. F. et al. Septin structure and filament assembly. Biophysical Reviews, v. 9, n. 5, p. 481-500, 2017.
2 KINOSHITA, M. Assembly of mammalian septins. Journal of Biochemistry, v. 134, n. 4, p. 491-496, 2003.
| Subárea | Cristalografia |
|---|---|
| Apresentação do trabalho acadêmico para o público geral | Não |
