5 – 9 de ago. de 2019
Fuso horário America/Sao_Paulo

Expressão e purificação das septinas de levedura Cdc3, Cdc10, Cdc11 e Cdc12

Não agendado
20m
Mestrado

Palestrante

Rafael Marques da Silva

Descrição

Septinas são proteínas que podem polimerizar em filamentos não polares e que estão relacionadas ao ciclo de divisão celular, estas descritas pela primeira vez em células de levedura por Hartwell (1971). Elas são amplamente conhecidas por sua atividade GTPase, embora algumas septinas tenham perdido esta função ao longo da evolução. Apesar de terem sido descobertas em leveduras, as septinas podem ser encontradas em uma miríade de organismos vivos muito diferentes, como algas, protozoários, vermes e mamíferos, com notável exceção as plantas.(1) Nos seres humanos, defeitos ligados a essas proteínas estão relacionados a doenças como câncer, Alzheimer e Parkinson.(2) Em leveduras, as septinas polimerizam em heterooctâmeros compostos por quatro septinas diferentes que se repetem na seguinte ordem: Cdc11-Cdc12-Cdc3-Cdc10-Cdc10-Cdc3-Cdc12-Cdc11.(3) O presente trabalho tem como objetivo a expressão heteróloga do domínio GTPase destas quatro septinas seguida de etapas de purificação. A expressão das proteínas se deu em células de Escherichia coli da cepa Rosetta (DE3) após terem sido transformadas com o plasmídeo pET-15b contendo o gene de interesse. Após expressão utilizando IPTG como indutor por 16 horas, as células foram rompidas por pulsos de sonicação. A purificação foi feita com o uso de uma coluna de níquel através da afinidade das proteínas pela resina, proteínas estas marcadas com uma cauda de histidina (6x his). Numa etapa complementar, essas amostras foram purificadas por um sistema de exclusão molecular utilizando um sistema AKTA. A identificação das proteínas foi feita com base em gel SDS-PAGE e Cromatograma de Exclusão Molecular. Ensaios de cristalização em diferentes condições e combinações destas quatro proteínas, para futura determinação da estrutura cristalográfica, estão inseridas no projeto. A compreensão de como as septinas interagem em filamentos de organismos basais pode elucidar os mecanismos por trás de sua polimerização em outros organismos, fornecendo uma nova abordagem para entender a condição humana.

Referências

1 PAN, F.; MALMBERG, R.; MOMANY, M. Analysis of septins across kingdoms reveals orthology and new motifs. BMC Evolutionary Biology, v.7,n.103,2017.doi: 103,007.10.1186/1471-2148-7-103
2 HALL, P. A. ; RUSSELL, S. E. The pathobiology of the
septin gene family. Journal of Pathology, v.204,n.4, p. 489–505 2004.
3 BERTIN, A. et al. Saccharomyces cerevisiae septins:
supramolecular organization of heterooligomers and
the mechanism of filament assembly. Proceedings of the National Academy, v.105, n.24, p.8274–8279,2008.

Subárea Cristalografia
Apresentação do trabalho acadêmico para o público geral Sim

Autor primário

Co-autor

Prof. Richard Charles Garratt (IFSC - Universidade de São Paulo)

Materiais de apresentação