5 – 9 de ago. de 2019
Fuso horário America/Sao_Paulo

Toxicidade e respostas bioquímicas em Daphnia magna exposta a nanopartículas de óxido de cobre e de platina

Não agendado
20m

Palestrante

Letícia Silva de Andrade (Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Universidade de São Paulo (USP))

Descrição

Nanopartículas de óxido de cobre (NPs CuO) e de platina (NPs Pt) são amplamente utilizadas em várias aplicações industriais e comerciais devido às suas interessantes propriedades físicas e químicas. O aumento do uso e produção destas nanopartículas contribui para a presença destes contaminantes nos ecossistemas aquáticos, podendo causar toxidade aos organismos desses sistemas. (1) Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade e as respostas bioquímicas de estresse oxidativo no cladócero Daphnia magna exposto às NPs de óxido de cobre e de platina. Para isso, testes de toxicidade aguda e determinação dos níveis de espécies reativas de oxigênio (ROS) foram realizados com os cladóceros em concentrações subletais das NPs selecionadas. Os resultados da concentração efetiva mediana (C 50) para as NPs CuO e as NPs Pt foram de 0,09 mg Cu $^{−1}$ e de 10,0 mg Pt $^{−1}$ , respectivamente. Também se notou a acumulação e a adsorção das NPs Pt no corpo dos cladóceros, principalmente nos apêndices filtradores e na carapaça do animal, o que pode prejudicar as atividades de reprodução, alimentação e proteção desses organismos. (2) A produção de ROS foi medido nos tecidos dos cladóceros logo após exposição às NPs e resultou em um aumento significativo nas concentrações de 0,02 mg Pt L$^{−1}$ e 0,04 mg Pt $^{−1}$ de NPs Pt e nas concentrações de 0,02 mg Cu $^{−1}$ e 0,03 mg Cu $^{−1}$ de NPs CuO. De acordo com os resultados de ROS no organismo é provável que haja alterações na atividade enzimática antioxidante devido ao estresse oxidativo nas células. (3) Os dados obtidos até o momento apontam para os possíveis riscos ecológicos em populações de cladóceros com a contaminação dos sistemas aquáticos por nanopartículas de CuO e de Pt.

Referências

1 NGO, C.; van de VOORDE, M. Nanotechnology in a nutshell: from simple to complex systems. Paris: Atlantis Press, 2014.
2 ADAM, N. et al. The uptake of ZnO and CuO nanoparticles in the water-flea Daphnia magna under acute exposure scenarios. Environmental Pollution, v. 194, p. 130-137, Nov. 2014. doi: 10.1016/j.envpol.2014.06.037.
3 MWAANGAA, P. et al. The induction of biochemical changes in Daphnia magna by CuO and ZnO nanoparticles. Aquatic Toxicology, v. 150, p. 201-209, May 2014. doi: 10.1016/j.aquatox.2014.03.011.

Apresentação do trabalho acadêmico para o público geral Sim
Subárea Nanotoxicologia e Nanomedicina

Autores primários

Letícia Silva de Andrade (Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Universidade de São Paulo (USP)) João Gabriel Gonçalves Chiquito (Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Universidade de São Paulo (USP)) Prof. Valtencir Zucolotto ((Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Universidade de São Paulo (USP)) Dr. Adrislaine da Silva Mansano Dornfeld ((Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Universidade de São Paulo (USP))

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