Palestrante
Descrição
Nos últimos anos, a precisão da física de astropartículas atingiu níveis sem precedentes, impulsionada pela construção de novos observatórios equipados com tecnologias avançadas de detecção. As astropartículas, sendo as partículas mais energéticas conhecidas, desempenham um papel fundamental em estender os limites da invariância de Lorentz e sondar evidências indiretas para a física além do modelo padrão. Um dos métodos de detecção de astropartículas são os chuveiros atmosféricos formados pelas colisão dessas partículas com a atmosfera. Apesar de alguns estudos terem buscado por sinais de quebra da invariância de Lorentz em chuveiros atmosféricos, essas buscas, em geral, se limitam ao setor eletromagnético. Neste trabalho, tentamos expandir essa lacuna, focando nossa atenção no setor hadrônico, especificamente na formação de píons. Para tal, uma relação de dispersão modificada é utilizada para alterar a cinemática da colisão próton-próton, modificando o número de partículas produzidas e os limiares de algumas interações. Esses novos resultados são, então, incorporados no programa CONEX, onde chuveiros são simulados. Esperamos, com isso, verificar se os observatórios Pierre Auger ou CTA conseguem observar um eventual sinal de LIV ou impor novas restrições nos parâmetros de novas teorias físicas.